As dermatopatias representam os principais atendimentos em cães e gatos no cotidiano das clínicas veterinárias. As irritações e alergias de pele podem ter origem genética. A Dermatite Atópica é quando alguns cães e gatos já nascem sensíveis à determinadas substâncias do ambiente, chamadas alérgenos, como por exemplo, o pólen, saliva de pulga, ácaros, poeira e fungos.
Esses animais portadores desta doença, apresentam deficiência na produção da camada lipídica da pele, ocorrendo maior perda de água e resultando em uma pele mais seca, com coceira e descamação. Nesses casos, os alérgenos atingem facilmente a pele, causando inflamações, infecções e coceira intensa. A atopia pode afetar todas as raças e idades, mas as pequenas raças, como Shih Tzu, Yorkshire, Lhasa Apso e Poodles têm mais predisposição à doença e normalmente os sinais aparecem desde os primeiros meses de vida.
Os pets tendem a apresentar muita coceira, muitas vezes não conseguem alimentar-se e até mutilam-se por lambedura ou mordedura nos locais de coceira, tendo a qualidade de vida comprometida devido ao grande incômodo.
O tratamento da Dermatite Atópica envolve, principalmente, tirar o animal da crise alérgica e infecciosa secundária, com anti-inflamatórios, antibióticos e terapias tópicas, como banhos medicamentosos e hidratação da pele, portanto, é de extrema importância a avaliação do médico veterinário, de preferência dermatologista, para definir a terapia correta.
Após a melhora do Pet, os tutores precisam entender, que esta doença exige bastante cuidados e terá várias fases. A atopia não possui cura, e sim, controle. A manutenção da doença envolve shampoos e hidratantes repositores de camada lipídica.
Um grande exemplo de reposição da camada lipídica, é o Allerderm®, que tem na sua composição, estruturas semelhantes à constituição desta camada: ceramidas, ácidos graxos e colesterol. Este repositor de camada epidérmica, garante a manutenção da pele, já que em diversos trabalhos, demonstrou que triplicou a camada lipídica e garantiu que as células desses animais passassem a produzir naturalmente mais hidratação. A forma de utilizar a pipeta é “pour on”, aplicando desde a cabeça do cão até o rabo, na linha da coluna, afastando a pelagem. Já nos gatos, aplica-se na mesma linha, mas até as escápulas. Pode-se iniciar o tratamento utilizando uma vez por semana, durante quatro semanas e após este período, aplicar a cada 15 ou 30 dias, dependendo da resposta do animal.
Existem diversos estudos a fim de se compreender e tratar melhor esta doença, porém, há diversas formas de identificar e controlar a atopia. Se o seu pet apresentar coceiras recorrentes e lesões de pele, consulte o seu médico veterinário o quanto antes para maiores informações e para garantir a qualidade de vida do animal!