A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é uma doença infecciosa crônica, causada pelo parasito Leishmania. Essa doença afeta pessoas, animais domésticos e selvagens em regiões temperadas, subtropicais e tropicais do mundo. No Brasil existem muitos casos de Leishmaniose, na região Sul temos diversos casos de humanos e cães vitimados pela doença.
Como é transmitida?
Os insetos fêmeas do gênero Lutzomyia são os principais transmissores da Leishmania, popularmente conhecidos como “mosquito-palha”. Os mosquitos alimentam-se e desenvolvem-se em matéria orgânica depositada no solo (como frutos podres, acúmulo de lixo, etc). A Leishmaniose NÃO é transmitida por mordidas, arranhões, lambedura, urina ou fezes de animais infectados, e sim, pela picada do mosquito contaminado.
Quais são os sintomas? Como saber se meu cão está contaminado?
Como o parasita se replica e se espalha para áreas vitais do corpo, como fígado, rins, linfonodos, articulações, pele e medula óssea, podemos acompanhar diversos sinais, que mimetizam outras doenças. Os principais sinais são lesões de pele, aumento de linfonodos, perda de peso, atrofia muscular, intolerância ao exercício, apetite diminuído, cansaço, lesões nos olhos, sangramento nasal, crescimento exagerado de unhas, vômito e diarreia. Também, há muitos casos onde os cães encontram-se sem sintomas, por isso, animais em regiões endêmicas devem ser monitorados ou testados.
Como é feito o diagnóstico da doença?
Somente o Médico Veterinário pode determinar, através de exames específicos, se o cão está infectado ou não. O diagnóstico deve seguir etapas sucessivas com base nos critérios: epidemiológico, clínico e laboratorial.
Como é o tratamento?
O único medicamento autorizado no Brasil para o tratamento da Leishmaniose canina é o Milteforan™, de uso oral, que promove a cura clínica, diminui a carga parasitária no cão e pode impedir a transmissão da doença. Os demais medicamentos utilizados no tratamento são de suporte ao cão, como vitaminas, etc. Em diversos estudos, o tratamento com Milteforan™ se demonstrou seguro e eficaz para os cães, garantindo a qualidade de vida dos portadores. É importante ressaltarmos que o tratamento deve ser acompanhado pelo Médico Veterinário regularmente, pois é necessário realizar exames específicos de monitoramento.
Como prevenir a LVC?
A melhor forma de prevenção é a utilização de inseticidas e repelentes para evitar o contato do cão com o mosquito. A utilização de produtos específicos vai auxiliar no controle do mosquito transmissor e também diminuir a chance do flebótomo picar um animal doente e transmitir a doença para outro animal. Animais em tratamento também devem fazer uso de inseticidas e repelentes, a fim de se evitar a reinfecção. O Médico Veterinário, após avaliação, poderá indicar o método de prevenção mais adequado para o seu cão.
Acompanhe a rotina do seu cão e fique atento aos sintomas. Procure seu Médico Veterinário para mais informações e faça prevenção. Lembre-se: Existe vida após a Leishmaniose. Continue acompanhando nosso blog para saber mais!